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Reabertura do comercio deve ser planejada e cautelosa, avalia governo federal

Um hospital de campanha será construído em Ceilândia com 60 leitos; Ibaneis diz também que testes serão enviados para cidades do Entorno para testagem da população que frequente o DF

Por Cláudio Ulhoa

Assim como nos outros países por onde a pandemia de coronavírus passou, no Brasil começa a registrar um aumento em relação aos números de casos e de mortes pela covid-19. De acordo com boletim de outras nações que já estão começando a retomada das atividades sociais após passar meses em isolamento, a covid-19 segue um trajeto parecido com uma onda, ou seja, começa branda, com poucos casos, e vai subindo aos poucos, até atingir o cume (pico), para depois começar a decair. Tudo indica, devido principalmente ao aumento do número de mortes por covid-19 – até ontem, eram 11.519 confirmadas –, que o Brasil está entrando no seu momento mais crítico. Ontem (11), o Ministério da Saúde (MS), durante divulgação do balanço diário sobre a pandemia, reforçou a ideia de se manter o distanciamento social. O MS também divulgou as novas diretrizes para orientar a definição de medidas de distanciamento social, chamado de “Plano de Gestão de Risco”.

O intuito do governo federal é fazer um guia para que cada município possa agir de acordo com suas necessidades e realidades locais. Na fala do ministro da Saúde, Nelson Teich, a definição do plano deixa claro eu não se trata de uma política de isolamento social e nem de flexibilização. “Isso é diretriz. As decisões cabem aos estados e municípios. O que o Ministério da Saúde faz é disponibilizar uma linha de avaliação adequada. Vai estar sempre disponível pra discutir com qualquer secretário estadual ou municipal para ajudar na interpretação da ferramenta e vamos trabalhar junto”, explicou o ministro.

Com a criação do “Plano de Gestão de Risco” o governo federal começa a fazer o que está também sendo executado pelo governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), que são medidas que visem traçar estratégias para o momento pós-pandemia. No DF, por exemplo, Ibaneis já anunciou o estímulo à construção civil como forma de impedir que o desemprego aumente; assim como criou uma secretaria específica – a de Empreendedorismo – para ajudar exclusivamente os pequenos e médios empresários.

Saúde na prática

Além de preocupar com a situação que a devir, é preciso também atuar no momento presente. Como estaríamos iniciando o momento mais crítico da doença, todo cuidado passa a ser necessários. No DF, por exemplo, onde os números de casos aumentam na cidade satélite de Ceilândia – já são 7 mortes –, o Governo do DF (GDF), anunciou ontem a construção de um hospital de campanha com 60 leitos, sendo que 20 são de UTI.

“Estamos procurando internar a pessoa infectada com a Covid-19 antes mesmo de a doença se agravar. Existe um estudo desenvolvido por nossos especialistas em saúde que diz que, quando você acompanha a pessoa no período de 48h a 72h e percebe que o paciente manteve a respiração constante durante três dias, ele pode receber alta porque não vai ter um agravamento na doença”, detalhou Ibaneis Rocha.

O governador ainda anunciou outra medida que deverá ser tomada para que o comércio no DF possa voltar a funcionar no próximo dia (18). De acordo com Ibaneis, nos próximos dias serão enviados testes rápidos para as prefeituras das cidades da Região Metropolitana – que fazem divisa com a capital federal – para uso na população.

“Estamos preparados para isso. Em conjunto com o estado de Goiás, estamos desenvolvendo um plano para auxiliar as prefeituras do Entorno. Pretendemos ativar leitos de UTI e enfermaria e vamos fazer uma compra internacional de testes para aplicar em toda a população do Entorno que vem para cá comprar em nossas lojas ou até mesmo trabalhar nelas”, garantiu o governador.

Sobre o aumento do número de casos nas cidades satélites, Ibaneis disse que já era esperado pela Secretaria de Saúde. “Quando interrompemos o fluxo de pessoas nas cidades, sabíamos que a doença chegaria primeiro no Plano Piloto, no Lago Sul e que, depois, iria se estender para as regiões administrativas. Isso não está fora da nossa perspectiva.”

A rede pública de saúde do DF conta com 172 leitos de UTI para pacientes com o coronavírus (72 ocupados) e mais de 250 de retaguarda (106 ocupados). Segundo Ibaneis, a meta é atingir 800 leitos até final de junho.

Abertura

Ontem o governo federal publicou um decreto para incluir academias de ginástica, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza como atividades essenciais durante a pandemia, para assim poderem funcionar. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu aval a tal medida ao dizer a jornalistas que “Saúde é vida. Academias, salões de beleza e cabeleireiro, higiene é vida. Essas três categorias juntas é mais de um milhão de empregos”.

Porém, como o Supremo Tribunal Federal (STF), já decidiu que as regras de flexibilização do isolamento social devem ficar a cargo dos Estados e dos municípios. No DF, o governador Ibaneis disse que mesmo com a decisão do governo federal, academias, salões e barbearias continuam proibidos de funcionar.

Fonte Blog do Ulhoa

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