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‘Não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo’, diz Bolsonaro sobre o STF

A fala foi feita durante entrevista à imprensa e teve com alvo os ministros da Corte, Celso de Mello, Alexandre de Moraes e Luiz Fux

Por redação

“Nós, militares das Forças Armadas, que eu também sou, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia neste país”, disse, em entrevista à BandNews, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente fez a afirmação enquanto falava sobre a postura de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao seu governo. Ainda segundo o presidente, não há possibilidade de golpe militar, uma vez que ele já é presidente. E rebateu a decisão do ministro Luiz Fux que liminarmente emitiu decisão para esclarecer sobre o emprego do Artigo 142 da Constituição Federal que trata de intervenção militar.

O presidente também comentou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo Bolsonaro, teria praticado uma “brutal interferência” no Executivo ao expedir mandado de busca e apreensão em casas de blogueiros simpatizantes a seu governo. “É um inquérito que serve para o interesse apenas dele. Ele é vítima, ele interroga, ele julga e ele condena. Isso não é justo, no meu entender, porque está à margem da legislação brasileira. Isso é um foco de atrito”, disse Bolsonaro.

Outro ministro que foi alvo de queixas por parte do presidente foi o decano da Corte, Celso de Mello, que atualmente é responsável pelo relator do inquérito que investiga se Bolsonaro interferiu politicamente na Polícia Federal, conforme alega o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Nesse caso, o presidente reclamou da postura do decano de divulgar o vídeo da reunião ministerial na íntegra e não apenas as suas falas. “E eu disse nos autos que poderia explicitar o que eu falei, e não os outros. Lamentavelmente, o ministro Celso de Mello entendeu errado, e uma pequena crise está instalada no Brasil, que espero que seja mais rapidamente resolvida”, argumentou o presidente.

Pelo que tudo indica a crise entre o Executivo e o Supremo está se formando. Sobre essa possibilidade, Bolsonaro deixou claro que seu governo não vai aceitar mais interferências de outros Poderes naquilo que é de sua alçada enquanto presidente da República. “Não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo. Não queremos medir força com ninguém. Nós queremos administrar e conduzir o Brasil a um porto seguro. Afinal de contas, têm muitas incertezas no ar.”

Ataque ao STF

Os disparos de fogos de artifícios disparados por um grupo de pessoas sobre a sede do STF no último sábado (13) fez com que o presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli, pedisse que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse o caso. Porém, como o fato aconteceu no Distrito Federal, a atribuição de investigar não cabe a PGR, mas sim ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF).Essa possível usurpação de responsabilidades, segundo informações de bastidores divulgadas pelo jornal Correio Braziliense, causou um desentendimento entre procuradores do MPF-DF e membros da PGR.

Procedimento para apurar atos envolvendo fogos de artifício contra o STF pela PGR gerou aborrecimento em procuradores do DF

Agora o MPF-DF criou um grupo com 11 procuradores para também investigar o lançamento de fogos de artifício contra o STF, o inquérito tramita em regime de urgência.

Fonte News Black

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