Por Cláudio Ulhoa
Uma defesa prévia do governador Ibaneis Rocha (MDB) foi entregue para o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento busca esclarecer as circunstâncias dos atos ocorridos em Brasília, no domingo (8).
Os advogados afirmam que o planejamento estabelecido previamente não foi seguido, o que tira qualquer culpa de Ibaneis dos atos antidemocráticos. O relatório diz que Ibaneis “estava confiante na execução do protocolo de ações integrantes previamente estabelecido”. O documento foi entregue na quarta-feira (11).
“O governador se valeu de informações prestadas por agentes públicos em funções estratégicas e jamais agiu ou deixou de agir admitindo a prática de qualquer ato violento contra a sede dos poderes constituídos na nossa República”, diz o documento.
Ibaneis foi afastado injustamente do cargo de governador pelo prazo inicial de 90 dias, após os ataques às sedes dos três poderes. A decisão de Alexandre de Moraes se deu, após as forças de segurança do DF não conterem os vândalos que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF.
O memorial entregue a Morais frisa que houve a devida preparação para a atuação ordenada e conjunta dos órgãos e instituições, mas o abandono do alinhamento estabelecido no protocolo se deu no plano da execução.
Uma das falas que podem justificar a inocência do governador está com o interventor federal, Ricardo Capelli, quando diz que “a manifestação golpista foi possível por causa da operação de sabotagem nas forças de segurança locais”.
A defesa traz ainda um áudio que Ibaneis recebeu do então secretário de Segurança Pública do DF, Fernando Oliveira, no domingo, relatando que não havia qualquer “informe de agressividade”, que o clima estava “tranquilo e ameno”.
Informações do Portal DF Soberano