Formada por servidores de segurança pública e funcionários das administrações regionais, as equipe deverão atuar de forma rotineira, como já acontece com as equipes de combate ao mosquito da dengue; na primeira ação, foram fiscalizadas as regionais que apresentam elevados números de contaminados, como Ceilândia e Samambaia
Por Cláudio Ulhoa
Assim como existem forças-tarefas para combater focos e prevenir contra o mosquito da dengue, tudo indica que haverá também esse modelo de atuação do poder público em relação ao novo coronavírus. Ontem (31),o Governo do Distrito Federal (GDF) deu primeiro passo nesse sentido. Em uma ação conjunta, a Secretaria de Governo, o DF Legal, Corpo de Bombeiros, polícias Civil, Militar, e Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), além de funcionários públicos, percorreram as principais ruas das administrações regionais de Ceilândia, Pôr do Sol/Sol Nascente, Samambaia e Estrutural para informar e fiscalizar o cumprimento das medidas de segurança e prevenção estabelecidas pelo governo para a retomada das atividades comerciais e sociais no DF.
“Queremos levar uma mensagem positiva, de que, respeitando a sua vida, a do próximo, usando equipamento de proteção e todas as medidas mitigadoras para que seja dificultada a transmissão deste vírus, vai dar certo”, disse o secretário de Governo, Zé Humberto Pires, que foi um dos coordenadores da ação.
As equipes se reuniram para receberem as instruções no pátio da Administração de Ceilândia. Depois, munida de materiais informativos e acompanhado do aparato policial, as equipes saíram em direção às regionais, para nas palavras de Pires, fazer a “orientação geral à comunidade”.
“Nós precisamos que dê certo, porque precisamos que as atividades comerciais funcionem dento do que foi flexibilizada, mas precisamos da contribuição, da colaboração da sociedade”, lembro o secretário de Governo.
Ação
A posição da Secretaria de Saúde do DF, é que a população mantenha o isolamento e o distanciamento social. Sair de casa, aconselha o governo, apenas em situação de extrema necessidade. Portanto, alguns estabelecimentos que tem a particularidade de aglomerar pessoas, como salão de beleza, bares e restaurantes, ainda continuam proibidos de funcionar.

Nesta ação de ontem, o secretário do DF Legal, órgão do governo voltado à fiscalização e ao cumprimento das determinações comerciais, Gutemberg Tosatte Gomes, de certa prova comprova de que a partir de agora o poder público vai ter, assim com já faz com outras epidemias, que tratar a covid-19 como um problema crônico de saúde pública. “A fiscalização vai continuar sempre”, afirmou Gomes.
A iniciativa de promover as ações consiste em informar a população sobre a importância do uso de máscara, do álcool em gel, do distanciamento social em lugares de aglomeração, e da limpeza constante das mãos. São medidas básicas adotadas no mundo todo para se prevenir contra o coronavírus.
“A obediência implica em preservar vida, ter saúde, e não propagar a doença”, disse o secretário do DF Legal, em referência à postura que a população deve adotar a partir de agora.
Gomes lembrou que, caso haja descumprimento das determinações, os órgãos de fiscalização, inclusive os ligados diretamente à segurança pública, como as polícias Civil e Militares, atuarão não só por meio da conscientização, mas também de forma “coercitiva”. “No sentido de fazer com que àquele estabelecimento comercial que estiver aberto sem ser permitido ele será fechado e será lavrado um ato de interdição”, destacou Gomes.
Casos
Tanto Ceilândia quanto Samambaia estão entre as regionais que possuem o maior número de pessoas contaminadas por covid-19. Em Ceilândia, por exemplo, o número de pessoas que já tinham morrido em razão da doença, até a última sexta-feira (29), chega a 35.
Boletim da Secretaria de Saúde do DF mostravam que, no início da noite deste domingo (31), houve mais cinco mortes por covid-19 na capital. Somente na tarde de ontem, a pasta já havia divulgado três vítimas. Com isso, o total de mortes no DF por coronavírus chega a 157.
Há ainda 13 óbitos de pessoas que faleceram na capital, mas eram moradoras de outros estados. Entre elas, 12 residiam no Entorno, em municípios de Goiás, e outra vítima que vivia no Amapá. Se somados essas casos, são 170 vítimas no DF.
Fonte Blog do Ulhoa